terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Se essa moda pega aqui Brasil !


Ex-cafetina criará serviço para deficientes



Ex-cafetina, a britânica Becky Adams espera abrir um bordel estritamente dedicado à prestação de serviços para pessoas com deficiência.
Ela já estabeleceu um serviço gratuito que conecta as pessoas com necessidades especiais a mulheres que trabalham como prostitutas.
Becky disse a Jeremy Vine, BBC Radio 2, ter recebido muitos e-mails de pessoas que procuram trabalhar com ela neste serviço.
Atualmente, ela já provê um serviço de acompanhantes para portadores de deficiência que estejam em busca de serviços sexuais.
Trata-se de uma agência chamada Para-Doxies, uma organização sem fins lucrativos.
O problema da agência, ela explica, é que nem sempre é fácil combinar o pedido do cliente e a agenda das profissionais.
"Com a Para-Doxies pode levar até um mês para que a gente consiga achar a garota certa na região do cliente", diz, ao explicar por que quer abrir um bordel sem fins lucrativos.
"Como atuamos nacionalmente, às vezes recebo um e-mail de alguém em Carlisle (noroeste da Inglaterra, a 420km de Londres) pedindo para ver uma profissional cujo local de atendimento tenha, por exemplo, acesso para cadeirantes. Então é preciso achar alguém naquela área, organizar o transporte e verificar questões legais com eventuais acompanhantes ou com a residência (para pessoas com necessidades especiais)", detalha.
"Ainda bem que conheço milhares de profissionais do sexo".
'Facilitar o orgasmo'
Ela afirma não cobrar pelos serviços prestados pela Para-Doxis, porque a maior parte de seus clientes depende de benefícios sociais para sobreviver, e não poder arcar com as despesas.
"Como negócio, seria um fiasco", ela avalia.
Ela diz ainda que para a maioria dos beneficiários do serviço, "sexo convencional está fora de questão", devido às condições especiais dos clientes.
"Temos a preocupação de entender o que eles gostam e também de educá-los a ter prazer sozinhos. Mas muito simplesmente não podem fazer nada sozinhos. Então, ensinamos respiração tântrica para facilitar o orgasmo."
Becksy diz ainda que o número de profissionais do sexo se oferecendo para prestar estes serviços tem crescido.
"Recebo tantos e-mails de profissionais quanto de pessoas procurando por serviços. Muitas mulheres dizem que o serviço é importante e que poderiam trabalhar um dia, ou que estariam disponíveis em uma área específica. E temos que lembrar que muitas destas mulheres foram enfermeiras antes."
Universitárias
Becky Adams, de 44 anos, trabalhou como dona de bordel no sul da Inglaterra por 25 anos.
Recentemente, ela foi selecionada para ajudar a Universidade de Swansea, no País de Gales, em um projeto que tem como objetivo pesquisar estudantes universitários que trabalhem na indústria do sexo.
A iniciativa, a ser desenvolvida em três anos, recebeu recursos da ordem de R$ 1,5 milhão da Loteria Britânica. Ela examina as motivações das estudantes para entrarem na indústria do sexo. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC. 

sábado, 26 de janeiro de 2013

No Brasil, a maior parte das pessoas com deficiência física, auditiva, visual e mental está alijada do mercado de trabalho. Estudos mostram que há aproximadamente seis milhões de pessoas com deficiência em idade economicamente ativa, dos quais um milhão deve estar no mercado de trabalho informal e apenas 158 mil legalmente empregada com garantias trabalhistas e benefícios. 

A razão de muitas pessoas com deficiência estarem à margem do mercado de trabalho está diretamente ligada às poucas oportunidades que têm de ingressar em cursos e treinamentos profissionais, o que resulta em baixa qualificação para o exercício do trabalho. 

O Brasil está muito atrasado em relação ao primeiro mundo no que se refere às políticas de emprego voltadas ao deficiente físico. A avaliação é de Steven Dubner, presidente da Associação Desportiva para Deficientes (ADD). 

Para Dubner, ainda há muito a se fazer no Brasil quando o assunto é a contração de deficientes físicos. Pela legislação do Ministério do Trabalho, empresas com mais de mil funcionários são obrigadas a ter pelo menos 5% de deficientes em seu quadro de funcionários. Há, inclusive, multa prevista de R$ 5 mil para cada funcionário deficiente que as companhias deixarem de contratar. Mas, na prática, a lei é pouco aplicada. 

A culpa, na avaliação do presidente da ADD, não se restringe somente às companhias. "Quando uma empresa decide contratar deficientes físicos, provavelmente não vai conseguir apenas com boa vontade", diz. Isso porque, segundo estimativas do executivo, menos de 2% dos deficientes físicos no país têm segundo grau completo. Dificuldades como a falta de transporte adaptado nas grandes cidades acabam interferindo na vida escolar do deficiente físico e atrapalham, posteriormente, na hora de conseguir um emprego. 

Se antes a principal causa de paraplegia era a poliomielite, agora são os acidentes de carro e as seqüelas de tiros. De acordo com Dubner, quase 550 pessoas ficam com problemas por causa de acidentes de carro por dia no país. 

03 de dezembro é o Dia Internacional do Portador de Deficiência.
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